Provar um Barolo (o rei dos vinhos ou o vinho do rei) é sempre uma emoção, quando este vinho ainda é de uma vinícola como a Vietti, se torna um dupla emoção.
Esta cantina histórica é fixada “nas raízes” na comuna de Castiglione Falletto na Província de Cuneo-Piemonte, onde produz várias castas clássicas locais como a: Arneis, Dolcetto, Barbera, Freisa e a Nebbiolo com as quais produzem um Barbaresco e vários Barolo conforme as origens dos vinhedos, exemplo (Barolo Castiglione, Barolo Rocche di Castiglione, Barolo Lazzarito, Barolo Brunate, Barolo Ravera e Barolo Riserva Villero)
Sem arrogância nenhuma Barolo não é vinho para principiante, vários fatores são determinantes na elaboração do mesmo, portanto na hora de degustá-lo precisa ter um mínimo de conhecimento dos terroirs de cada comuna onde é permitida a elaboração dos Barolo, saber o quanto tempo a uva ficou macerando (extração de componentes) e qual tipo de barrique ou botti grandes o líquido foi amadurecendo antes de entrar nas garrafas.
Enfim Barolo para mim não é um vinho só aristocrata mas um produto que nos remete a um território complexo e de difícil interpretação, sem citar ainda que nem sempre sabemos o que ocorreu numa específica safra, portanto sempre devemos tomar os devidos cuidados em julgar um vinho alí produzido.
Vale mencionar pelo menos que este Barolo é feito com uvas colhidas em vários vinhedos diferentes, de idade entre 7 a 35 anos, vinificadas separadamente para melhor expressar suas qualidades e amadurecidas em madeiras por 24 meses.
Degustação : Barolo Castiglione 2011 Vietti
Cor – Vermelho quase rubi, límpido e luminoso.
Perfume – De boa complexidade de aromas de frutas entre eles a Cereja e Ameixa com moderados e agraciados tons de alcaçuz e estrela-de-anis.
Sabor – Presente como esperado a finíssima força tânica da casta neste caso nunca pungente, cada gole é complexo, amplo com leve fundo balsâmico, um final linear e discretamente profundo.
Um vinho elegante, quase totalmente esmerilhado, pronto mesmo sendo de uma safra relativamente nova, o que me surpreendeu um pouco.
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