Videira muito difusa na Província de Taranto na região da Puglia, sul da Itália (precisamente salto da bota).
De ciclo biológico precoce, por isto a origem do seu nome Primitivo de “prematuro”, portanto amadurece antes das outras castas tintas daquela região.
Parece que nos últimos anos a Primitivo no Brasil teve muito sucesso e caiu na graça do consumidor brasileiro.
Dois motivos simples e de fácil entendimento, o primeiro é que os vinhos do sul da Itália são mais baratos do que os do centro-norte Itália portanto mais acessível economicamente e o segundo fator e que os vinhos feito com esta casta resultam mediamente corposos, sem taninos agressivos com notas adocicadas no retrogosto o que agrada principalmente o principiantes, na prática vinhos fáceis de beber.
É óbvio que quem se aproxima no mundo dos vinhos por lógica e dinâmica começam pelos mais agradáveis, mais fáceis.
A Primitivo se encontra em quase toda a Puglia mas é na Manduria que atinge níveis superiores de qualidades com características organolépticas importantes, inclusive é notório que nesta região os vinhos são potentes mas macios, potentes mas elegantes ao mesmo tempo.
Há 4 versões diferentes de Primitivo de Manduria: Vinho de mesa, Doce natural, Liquoroso doce natural e Seco fortificado.
Vale citar que os imigrantes italianos levaram esta casta na Califórnia onde hoje é chamada notoriamente de Zinfandel.
O vinho que provo é produzido pela Cantine San Marzano (repleta de muito prêmios), uma cooperativa fundada em 1962 por 19 pequenos produtores. Depois de décadas de sucessos cresceram a tal ponto que atraiu sobre o mesmo teto mais de 1200 agricultores.
Este vinho é fruto de um vinhedo que fica no coração da Manduria, terra entre dois mares o Ionio e o Adriático.
Este vinho antes de ser comercializado estagia alguns meses em barriques francês e americano, exatamente esta safra 2013 ganhou no ano passado 3 Bicchieri no renomado Gambero Rosso, guia 2016 .
Talò Primitivo di Manduria DOP 2013 Cantine San Marzano
Cor – Rubi intenso, espesso.
Perfume – De frutas muito maduras de ameixas escuras, cerejas pretas com nuances de chocolate amargo e cacau.
Sabor – De notável estrutura, impetuoso de corpo mas com taninos extremamente suaves e macios com retrogosto quase longo e adocicado.
Um vinho que exprime as notas e características tanto da casta quanto da região de produção.
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