Donnafugata, uma cantina Siciliana inovadora e moderna de tradição que não precisa apresentação, presente em todos os cantos do planeta. Seus rótulos sempre muito emblemáticos e cheios de charme carregam a história do romance de Tomasi di Lampedusa, Il Gattopardo. Aliás o nome da cantina significa mulher em fuga em referimento a uma história de uma rainha que estava fugindo no interior da Sicilia.
A Donnafugata sempre foi conduzida pelos proprietários e foi pioneira de várias práticas, projetos e experiência como a da colheita noturna (para evitar a oxidação das uvas brancas nas colheitas diurna e ao mesmo tempo melhorar as condições de trabalho no calor escaldante do verão Siciliano), assim como a Wine & Music, uma experiência de ouvir músicas (Jazz ou MPB) com determinados vinhos da vinícola.
Uma empresa que esta sempre em busca de inspiração para novos projetos sempre com um pé no chão como uma videira.
Hoje comentarei de um vinho que possui um grande sotaque francês já que confeccionado com Merlot e Cabernet Sauvignon, para muitos poderia ser algo inusitado mas realmente não, se pensamos que após a chegada da filoxera também na Sicilia (1880-cerca) muitos vinhedos da ilha, da Itália e no mundo foram replantados com castas francesas já a “cavalo” de raízes resistentes americanas. Portanto nenhuma novidade em referimento a estas 2 castas que juntos somam 7% de todo o plantio dos vinhedos da Sicilia, o que não é tão pouco mesmo.
Este vinho se chama Angheli em homenagem a “Angelica dell´Orlando furioso” em fuga a cavalo assim como retrata a etiqueta da garrafa, em mérito a vinificação merece informar que as uvas maceraram por mais de 12 dias durante a fermentação e ele permaneceu cerca de um ano em barrica de rovere francês.
Angheli DOC Sicilia 2015 – Donnafugata
Cor – Rubi muito intenso e impenetrável.
Perfurme – De imediata presença, as frutas vermelhas como ameixa e amoras selvagens, ervas de cozinha, pimenta com nota balsâmica e pó de chocolate amargo.
Sabor – De bom equilíbrio, com taninos que seduzem pela sua presença suave e persistente das fruta vermelhas com retrogosto de media duração.
Um tinto quase carnudo, um Merlot aristocrático e aquele empurrão, sussurro tânico que a Cabernet Sauvignon consegue imprimir. Um vinho gastronômico que pede para se juntar a uma bom prato de carne.
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