A Falanghina é uma variedade branca típica da região da Campania. As áreas com maior vocação na Itália são o Sannio Beneventano, os Campi Flegrei e Caserta.
Está videira provavelmente deriva de antigas linhagens greco-balcânicas. O nome originou-se na antiguidade a partir do uso de “falange”, postes usados para apoiar as videiras.
Louvado por Plinio o Velho e celebrados por poetas ilustres, era o vinho dos imperadores, obrigatório na corte real de Napoli e incluído na prestigiosa carta de vinhos dos papás.
Existe na versão seca, espumante e passito (vinho doce de sobremesa produzido utilizando uvas desidratadas), mas é a versão seca que chama mais atenção, pois possui normalmente um bouquet com aromas intensos e persistentes típicos de flores da mata mediterrânea, notas de banana verde, pêra, maçã verde, sabugueiro e folhas verdes/temperos como coentro ou manjericão.
O território pretamente vulcânico ainda parece doar aromas de silex e pedra molhada.
Normalmente os vinhos desta região costumam ser baratos e super interessantes.
O Campi Flegrei onde é produzido exatamente este vinho é um vulcão extinto ao noroeste de Napoli, na verdade é um supervulcão maior que o normal sem atividade há quase 500 anos, mas as suas erupções foram no passado muito mas muito catastróficas e piores do famigerado ” irmão” Vesuvio.
Alguns estudiosos apontam a extinção do Homo de Neandertal a uma das erupções do mesmo vulcão. O vinho em questão desta matéria é produzido pela Cantina II IV MIGLIO, uma propriedade conduzida pela família Verde, que se dedica na divulgação e valorização das vinhas autóctones presentes na zona praticamente em volta da cidade de Napoli, capital da região da Campania.
Campi Flegrei DOP Falanghina 2019 – Il IV Miglio
Cor – Amarelo palha, brilhante e límpido.
Perfume – Intensos e persistentes aromas de arbustos e plantas da mata mediterrânea com silex e pedra molhada.
Sabor – De corpo e estrutura média bem harmônico, possui sabores intrigantes de folhas verdes secas de cozinha (manjericão e manjerona) e frutas brancas não maduras quase verdes.
Assim como no nariz na boca há uma presença mineral bem evidente que mostra de forma plausível a origem do solo vulcânico, quase querendo imprimir uma impronta digital de sua origem de plantio.
Sem dúvidas um branco que merece estar em nossa adega pelas características, personalidade e por ter um custo abaixo mediante as suas qualidades.
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